quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Ô, vidão!

É algo inerente do ser humano se queixar de quase tudo. Se chove, reclamamos da molhadeira, da umidade, dos calçados encharcados e do guarda chuva pingando água pelo chão da sala. Se faz calor, reclamamos do sol forte, da falta de sombra para descansar, da transpiração e do desodorante vencido. Se no trabalho se apresenta algum problema mais sério e que não consideramos responsabilidade nossa, nós esbravejamos antes de resolvê-lo. Também é assim quando o dinheiro está curto, quando o nosso time perde ou quando a gripe nos ataca um pouco mais forte. Eu também sou assim. Quase todos agem assim. Mas, será que se nós fizéssemos um esforço para gostar da nossa vida como ela é, para enfrentar as situações tais como elas se apresentam, não seria melhor? Não viveríamos mais felizes? O nosso fardo não seria mais leve? Muitas vezes, as crianças nos dão um belo exemplo de aceitação, alegria e confiança na vida que valeria a pena ser seguido ou, no mínimo, observado. É como diz o meu sobrinho Gustavo, de cinco anos de idade, ao se ver sentado no tapete da sala, rodeado de brinquedos:
“Ô vidão!”
E a nossa vida, na maior parte do tempo, não é um vidão?

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